O Yoga que vive em mim

Não há de ter plateia.

O que precisa ser vivido é movimento interno, alinhamento.

“Prana flows where the focus goes.”

E é inegável que, há tempos, meu foco está voltado para as experiências vividas neste momento de intensas transformações — de re-conhecimento de mim.

Esse novo ser que desabrocha a partir de vivências profundas me mostrou que não é sobre oferecer Yoga — é sobre ser Yoga.

É estar tão absorta em mim que nada mais importa.

E o néctar que emerge disso é: clareza.

Vulnerabilidade.

Viver sem expectativas.

Deixar vir por frequência.

Alinhar.

Destilar o que sussurra no tempo das coisas.

Seguir humilde o meu caminhar.

Emaranhada entre tantos, mas certa do pulsar interno.

Cansei da venda superficial.

Do quórum numeroso.

Da aula rasa.

Sou profundidade.

Minha entrega é de alma.

Minha busca é a Verdade.

Não tem a ver com quantidade.

É a qualidade dos encontros.

É o desatar dos nós internos.

É a percepção daquilo que parecia não existir — e, no fim, revela-se….

É ser dono de si.

Manejar as angústias.

Acolher-se.

Escutar-se.

Transbordar-se em amor — para, então, iluminar.

Não é sobre acender velas.

É sobre entregar-se ao fogo.

Estar tão certo em si que tudo flui.

Abrir espaços, respiros, silêncios.

Perceber e aceitar o que vem.

Observar-se de longe, em grande angular.

Acessar perspectivas antes desconhecidas.

E agradecer.

Agradecer com a clareza de que as coisas são como são —

e perfeitas em suas imperfeições.

Assim como a natureza.

Aliás, somos natureza.

Não há nada fora.

Tudo é esse emaranhado do Todo.

Consciência que habitamos —

e da qual somos instrumento para a criação.

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A Felicidade na visão do Yoga